Crianças de lares conflituosos processam emoções de forma diferente
9th julho 2015 · 0 Comments
Pesquisa afirma que isto acontece pois o cérebro destas crianças está em estado de vigilância extrema
Um estudo publicado no periódico Journal of Family Psychology ;concluiu que filhos de pais que estão frequentemente em conflito processam emoção de forma diferente. Por isso, eles podem enfrentar mais desafios sociais no futuro do que crianças que vivem em casas ;mais tranquilas.
Com base em questionários preenchidos pelas mães, as crianças foram divididas em grupos que vivem muito ou pouco conflito em casa. A estudo mostrou às crianças várias fotos de casais irritados, neutros e felizes, e mediu a atividade cerebral delas.
Quando as crianças do grupo de alto conflito tiveram de escolher na gama de imagens mostradas as de casais com raiva, seus cérebros registraram maior amplitude em uma atividade elétrica chamada P-3, em comparação com as crianças do grupo de baixo conflito, demostrando um maior impacto em atividade cerebral. A P-3 é uma atividade associada à capacidade do cérebro de diferenciar estímulos e se concentrar, dando significado a um deles.
A principal autora do estudo, Alice Schermerhorn, professora da Universidade de Vermont, disse que, para as crianças de casas de alto conflito, olhar para as fotos de casais com raiva pode ser uma situação análoga à uma briga dos pais, não resolvida.
O nível de P-3 em crianças do grupo de casas com alto conflito também foi muito maior quando viram os rostos felizes. Esse padrão sugere que as crianças de casas com maior conflito acabam treinando seus cérebros para serem mais vigilantes, e processam sinais de emoção entre pessoas de forma diferente das crianças que não vivem muito conflito em casa, disse Schermerhorn.
A autora acredita que, para alguns, esta vigilância extrema poderia levar a problemas nas relações sociais mais tarde na vida. Mas ela afirma que mais pesquisas ainda são necessárias para testar essa teoria.
15 atitudes que afastam pais e filhos
Levar trabalho para casa todos os dias: as horas em que todos estão juntos são para brincar e conversar. Dedique-se às burocracias apenas no horário comercial
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Brigar com o cônjuge na frente dos filhos: presenciar discussões entristece especialmente os menores. Em suas fantasias, eles são os culpados pelas brigas
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Aparelhos eletrônicos nas refeições em família: usados à mesa, alienam os usuários, que ficam hipnotizados pela internet na tela e não conversam
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Usar o trajeto de casa até a escola só para dar broncas: o tempo que poderia ser usado para criar conexões acaba se tornando um momento temido e traumático
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Terceirizar a educação dos filhos: avós, babás e escola podem auxiliar, mas não devem ser os responsáveis pela criação dos pequenos. Esse papel cabe aos pais
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Tentar comprar o amor dos filhos com presentes: dar um brinquedo não compensa a falta de carinho no dia a dia. A criança se sente ‘à venda’ e fica infeliz
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Mexer no celular do adolescente: no aparelho estão conversas e fotos que, se ele quisesse tornar públicas, colocaria nas redes sociais. É o fim da confiança
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Bisbilhotar armários e gavetas do adolescente: procurar provas de deslizes demonstra falta de diálogo e, se o filho descobrir, nunca mais confiará nos pais
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Não participar das brincadeiras infantis por achar que vai atrapalhar: a criança fica frustrada, pois espera que os pais ajudem e se divirtam com elas
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Não dar espaço para os adolescentes: a partir dos 14 anos, é normal querer ficar só ou com os amigos. Entrar nesse espaço sem que eles solicitem os irrita
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Distrair a criança com eletrônicos no restaurante: os pais que fazem isso alegam querer mais tranquilidade, mas filhos acabam se sentindo alheios à família
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Não prestar atenção quando a criança conta algo: ela perceberá e perderá, aos poucos, a vontade de conversar, criando uma barreira de diálogo entre vocês
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Reprovar todos os namoros dos adolescentes: se está namorando, é porque viu qualidades. A reprovação apenas fará o filho ou a filha namorar escondido
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Excesso de cobrança por notas sem acompanhar a lição de casa: pais que cobram ‘porque estão pagando’ deixam a criança insegura e se sentindo uma mercadoria
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Tratar os filhos eternamente como bebês: pode até ser por carinho, mas eles entendem que eram mais queridos quando pequenos, que maiores são ‘sem graça’
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