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Mãe de meninos autistas desabafa sobre o que gostaria que outras mães soubessem

13th abril 2018   ·   0 Comments

Intenção de Jennifer Jepsen é mostrar como mulheres podem ajudar outras mães como ela; compreensão e paciência estão entre principais fatores

Ter um filho com deficiência nem sempre é fácil e fica ainda mais difícil quando outras pessoas não demonstram empatia. Por isso, Jennifer Jepson, mãe de dois meninos autistas, escreveu no Instagram tudo aquilo que ela gostaria que outras mães soubessem.

Mãe de dois meninos autistas, Jennifer Jepson fez post dizendo o que outras mães podem fazer para ajudar

Mãe de dois meninos autistas, Jennifer Jepson fez post dizendo o que outras mães podem fazer para ajudar

Foto: Instagram

Jennifer, que ainda tem uma terceira filha, June, relata o dia a dia da família e dos meninos autistas, de seis e quatro anos, Whitaker e Parley, respectivamente, na conta The Autism Mom.

Ela explica que criou a conta, pública, porque sentia que estava falando demais sobre autismo em sua conta pessoal e quis atingir mais pessoas mostrando o quanto o autismo afeta a família inteira. “Apesar dos dois terem o mesmo diagnóstico, o autismo se manifesta de maneiras completamente diferentes em cada um”, disse ela ao site Popsugar.

No post que viralizou, ela explica que decidiu fazer a lista baseado em mensagens que recebe de mulheres com filhos sem deficiência que querem saber como elas podem ajudar mães em situações similares à de Jennifer.

“Quando o Whitaker foi diagnosticado, cinco anos atrás, eu fiquei totalmente perdida sobre o que fazer ou onde começar. Paul [marido de Jennifer] e eu nos sentimos tão sozinhos e com medo. Receber ajuda de outros pais com crianças autistas foi chave” – por isso ela faz questão de compartilhar sua rotina, talvez outras famílias possam se beneficiar.

O que ela listou

  1. Não me coloque num pedestal: Jennifer diz escutar com frequência frases do tipo, “se eu fizesse o que você faz todos os dias, ficaria louca” ou “ainda bem que eles têm você, porque eu nunca conseguiria fazer o mesmo”, e, apesar de entender que elas pretendem ser um elogio, acabam tendo o efeito contrário. “Eu nunca senti que ajudar meus filhos fosse uma escolha. É algo que fazemos porque é algo que nossos filhos precisam para ter uma chance de viver”, diz ela, sugerindo trocar a frase para algo mais positivo, como: “eles têm muita sorte de ter uma mãe que os ame tanto”.
  2. Me inclua: Pode ser para um almoço, para uma noite com as amigas ou mesmo só um bate-papo por telefone, escreve a mãe. “Se em algum momento você pensar em entrar em contato ou convidar uma mãe com filhos deficientes para alguma coisa, faça-o. Tem vezes que eu fico tão enrolada com as coisas que preciso fazer, que nem sempre consigo pensar em chamar meus amigos para sair, então é gratificante quando eles me chamam e me incluem na programação deles.”
  3. Me dê o benefício da dúvida: Jennifer diz que, quando ela se esquece de responder uma mensagem ou de ligar de volta, é porque ela está completamente sobrecarregada. Se ela aparenta estar distante ou exageradamente quieta, é porque está exausta e tentando conter as próprias emoções. Em nenhum dos casos significa que ela deixou de se importar.
  4. Entenda que eu sentirei inveja: “Eu sinto inveja da sua vida livre de terapias, médicos, avaliações e reuniões escolares”, escreve Jennifer, dizendo que entende que outras mães também são ocupadas e têm seus problemas, mas que ela espera que essas outras mães estejam ocupadas por escolha, o que “é uma bênção. O fato dos seus filhos poderem escolher fazer as coisas é uma bênção e isso pode facilmente ser esquecido.”

Finalizando, Jennifer disse que ser mãe é a coisa mais difícil que ela já teve de fazer e ela pensava que nunca daria conta de lidar com filhos com autismo. “O autismo é algo que eu tinha uma compreensão limitada sobre. Ter filhos autistas mudou tanto quem eu sou. Uma das principais coisas é que agora eu vejo as crianças como indivíduos, não importa o diagnóstico. Uma das coisas que eu odeio é quando a primeira coisa que as pessoas notam nos meus filhos é que eles são autistas. Sim, mas eles também são muito mais do que só isso.”



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