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Álbum ‘Back to Black’, de Amy Winehouse, completa 10 anos

28th outubro 2016   ·   0 Comments

Um dos álbuns mais importantes do período contemporâneo, “Back to Black” chegava às prateleiras há 10 anos; Relembre esse momento da cantora

Há 10 anos era lançado “Back to Black”, segundo e último álbum de estúdio da cantora Amy Winehouse – considerado um dos trabalhos mais importantes do cenário musical do século 21. Com mais de 20 milhões de cópias vendidas, uma recepção calorosa da crítica e vocais poderosos, “Back to Black” tornou-se um ícone da cultura contemporânea.

Relembre os 10 anos do lançamento de

Relembre os 10 anos do lançamento de “Back to Black” da cantora Amy Winehouse.

Foto: Divulgação

Amy Winehouse gravou o álbum entre 2005 e 2006, pois o trabalho precisou ser interrompido devido a problemas pessoais na vida da cantora que, desde jovem, envolvia-se com bebidas, drogas e frequentemente se encontrava em relacionamentos turbulentos. O álbum possuía uma sonoridade singular e que tinha pouco a ver com seu primeiro trabalho, “Frank”, de 2003. O resultado genial de “Back to Black” foi uma colaboração entre a cantora e os produtores Mark Ronson e Salaar Remi, que potencializaram toda a capacidade vocal de Amy com uma sonoridade que misturava diversas referências de modo harmônico e original.

Um trabalho lendário

O álbum se destacou não apenas pela qualidade das canções, mas, também, por abordar de modo poético diversos temas considerados fortes – como vícios em substâncias químicas e relacionamentos disfuncionais. Muitas das faixas de “Back to Black” falam de amores frustrados da cantora que, de alguma forma, a afetaram profundamente. É possível compreender, através das letras e melodias, o sofrimento que esses assuntos traziam para a vida de Amy. Assim, a conexão do trabalho com a artista fez com que o álbum ganhasse – em diversos aspectos – uma dimensão muito mais profunda de sentido.

Em “Back to Black”, Amy Winehouse transformou seu estilo musical, deixando o jazz para trás e abraçando novas referências musicais, como R&B, soul e blues. A cantora não compôs canções do gênero, ela passou a viver o novo estilo da cabeça aos pés – criando, assim, sua aparência estética que se tornaria um marco do seu trabalho e serviria de inspiração para o mundo todo. Suas roupas e seu cabelo foram referência para criação de coleções de moda de marcas como Chanel e Dior.

A turnê do álbum durou cinco anos, pois Amy não teve condições físicas ou emocionais de entrar em processo de gravação em estúdio novamente. A situação da cantora se agravava com o passar do tempo e nem ao menos sua agenda de shows estava sendo cumprida corretamente. Crises de pânico e ansiedade eram frequentes no momento das apresentações, que estavam se tornando cada vez mais custosas e difíceis para a cantora. Algumas músicas, porém, ainda foram lançadas nesse período, porém eram frutos de trabalhos passados, como B-sides e semelhantes.

Seu estado foi se deteriorando ao longo dos anos – não faltavam notícias sobre os altos e baixos da vida da cantora relatando sua batalha não somente contra suas memórias, mas contra si mesma. Em 2010, um ano antes de seu falecimento, Amy declarou que gostaria de criar novas músicas e se despir das sensações negativas que o passado lhe trazia. Aos 27 anos, em 2011, sua morte foi uma surpresa que chocou fãs de todo o mundo. Ela sucumbiu a um antigo vício – a bebida.

Logo após sua morte foi lançado o álbum póstumo “Lioness: Hidden Treasures”, que conquistou um Grammy. Outros quatro discos da cantora foram produzidos – sendo edições especiais com músicas antigas – depois de seu falecimento e, ainda, um documentário, “Amy”, vencedor de um Oscar.

O impacto e a relevância de Amy Winehouse e seu maior álbum “Back to Black” são inegáveis. O trabalho representou uma virada no contexto cultural de toda uma geração, passando a ser reverenciado ao redor do mundo por fãs e atingindo um status que a própria Amy jamais imaginaria. Os artistas que o tomam como referência até os dias de hoje são incontáveis – Adele, Lady Gaga e Bruno Mars são alguns dos que criaram músicas a partir da influência do álbum de Amy.



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