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Britney Spears prega para o público de Justin Bieber e Ellie Goulding em ‘Glory’

21st setembro 2016   ·   0 Comments

Cantora se abre ao experimentalismo e cerca-se dos produtores que estão mandando na música pop atual. “Glory”, no entanto, é só o começo do plano

Hip hop minimalista? Tem. Electro-rock? Tem também! R&B? Bastante. Se “Glory” não representa os dias de glória de Britney Spears, que indubitavelmente já ficaram para trás, acena a um futuro possível e cheio de potenciais novidades para a ex-princesinha do pop. A parceria com produtores como Cashmere Cat, que já produziu faixas para Lana Del Rey, Justin Tranter (o homem por trás de “Sorry” de Justin Bieber ) e que também já produziu faixas para Selena Gomez, e BURNS, que já produziu Ellie Goulding, fez muito bem a ex-estrela da Disney.

A cantora Britney Spears está de volta com

A cantora Britney Spears está de volta com “Glory”

Foto: Divulgação/Produção

“Make me…”, primeiro single do álbum, já indica uma Britney Spears fora de sua zona de conforto com agudos arriscados em meio a efeitos típicos das músicas de Justin Bieber e Ellie Goulding. Esses dois artistas, aliás, parecem ser a grande referência de “Glory”. Com sua carreira circunscrita a shows em Las Vegas e libertada da vida de escândalos dos tempos de pop star, Britney viu abertura para ousar e “Glory” ganha o crédito de se abrir para o experimentalismo.

Apesar de muitas coisas interessantes como “Clumsy” com batidas futuristas e um bem-vindo ar burlesco, “Glory” não tem nenhuma grande música e esse talvez seja o ônus a se pagar por pôr a cara a tapa quando se ensaia um comeback glorioso. Britney, verdade seja dita, não está tendo sorte. No VMA, realizado no final de agosto, a produção do programa escalou seu show para depois da mega apresentação de Beyoncé, simplesmente o maior show do evento. O disco chega em plena repercussão dos trabalhos de Bieber e Goulding, produtos mais bem lapidados e com sabor original.

Britney Spears  na capa do álbum

O que não quer dizer que “Glory” não seja digno. É. E muito. “Just Luv Me” parece algo concebido por The Weeknd, mas que só a Britney de “Oops!… I Did It Again” poderia cantar.

“Mas eu não vou te pedir nada/ apenas me ame/apenas me ame/ É simples/ é simples/Apenas me ame”. A letra pode até ser Britney Spears pedindo para ser amparada pelo seu público, mas a melodia de “Just Luv Me”, produzida por RoboBop, que já trabalhou com Maroon 5, Nick Jonas e Charlie XCX, mostra que Britney quer ir além de sua plateia cativa. “Glory” é apenas o começo da jornada.



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