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Spinning detona calorias, emagrece e define pernas e bumbum

31st agosto 2016   ·   0 Comments

É possível treinar resistência de força e o famoso HIIT, que mantém a queima de calorias até depois do exercício, nas aulas de ciclismo indoor

A bicicleta é uma amiga e tanto para quem buscar detonar calorias, melhorar condicionamento físico e ainda definir os músculos de pernas e bumbum. E se você não pode pedalar nas ruas todos os dias, tem um pouco de receio do trânsito maluco das cidades, invista nas aulas de spinning e aproveite todos os benefícios dos exercícios na magrela.

Aula de spinning queima de 300 a 600 calorias em 45 minutos

Aula de spinning queima de 300 a 600 calorias em 45 minutos

Foto: Divulgação/Ride State

O spinning, ou ciclismo indoor, é uma aula disponível na maioria das academias. Nela, a sala é repleta de bicicletas fixas no chão e o professor orienta os alunos o tempo todo, dizendo qual o ritmo da pedalada e qual a carga deve ser usada.

Adeus, calorias

Essa aula tem um alto gasto calórico. Segundo Jerson Junior, professor do Ride State, estúdio de ciclismo indoor de São Paulo, um aluno queima de 300 a 600 calorias em 45 minutos de pedaladas. “Se o aluno já é treinado e tem bom condicionamento, esse gasto pode ser ainda maior”, afirma.

Com esses números, o spinning é uma ótima opção para quem busca eliminar alguns quilinhos. Ao lado de atividades como lutas ou corrida, essa pedalada é considerada uma atividade catalizadora da queima de gordura.

Músculos definidos e mais benefícios

O ciclismo indoor traz diversos benefícios. A atividade define músculos de pernas e glúteos, além de fortalecer o abdômen (para assegurar a postura correta durante a aula, é importante manter o abdômen contraído todo o tempo). Também melhora o condicionamento físico e a parte cardiorrespiratória.

Esse exercício pode até ajudar quem sofre com dores de cabeça. O corpo produz serotonina, neurotransmissor que leva a sensação de bem-estar ao organismo, e endorfina durante a prática de atividade física. De acordo com o neurologista Carla Jevoux, da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), isso age como uma morfina natural e contribui para o combate às dores.

Em casos de enxaqueca, por exemplo, é recomendado uma atividade mais intensa, que deixe o praticante ofegante, como o spinning.

Outra vantagem é que é uma atividade sem impacto e, portanto, quase sem restrições. “Se está liberado para fazer atividade física pode praticar o ciclismo indoor. Ela é a mais segura das atividades aeróbicas porque não tem impacto nenhum. Além disso, o professor sempre toma o cuidado de indicar a carga correta para o aluno trabalhar. A corrida pode ter um risco maior pelo impacto, coisa que na bike não tem”, explica Junior.

Modalidades do spinning

Falar que vai ficar pedalando por 45 minutos sem sair do lugar, em uma sala fechada, pode parecer um tanto quanto monótono. Mas nem toda aula de spinning é igual. Existem várias modalidades de ciclismo indoor, como lista o professor da Ride State.

Jeferson Junior comanda aula de ciclismo indoor

Jeferson Junior comanda aula de ciclismo indoor

Foto: Divulgação/Ride State

Treino intervalado ou HIIT: aula intervalada mescla momentos fortes com outros calmos. Tem picos de frequência cardíaca e logo descansa, não fica no esforço por muito tempo. Esse é o famoso HIIT (High Intensive Interval Trainning). Nesta atividade, o aluno continua queimando calorias mesmo após ter finalizado o exercício. Isso melhora a potência cardiorrespiratória e o condicionamento físico geral.

Treinamento de montanha: essa aula treina muito mais a resistência de força. Sai dos tiros e vai para uma aula mais constante. Na maior parte da atividade, as velocidades são mais baixas e as cargas, muito mais altas. A ideia para simular a subida. É uma aula com gasto calórico alto, mas na qual a frequência cardíaca fica mais estabilizadas. Faz força o tempo todo, por um longo período.

Treinamento de endurance: é uma aula com velocidade mais baixa e um treino constante. Nesse trabalho não se busca o aumento da frequência. Usa-se uma zona de treinamento mais baixa, não há picos. É uma aula mais tranquila, que se passa mais tempo sentado. Geralmente, o atleta usa essa modalidade em treinos recuperativos.

Frequência das aulas

Gostou das aulas e de todos os benefícios? “Pode pedalar todos os dias, não tem problema”, comenta Junior. Segundo o educador físico, para quem é sedentário e está começando nos exercícios, o ideal é pedalar duas ou três vezes por semana. A medida que o condiciomento melhora, a frequência também aumenta.

“Depois que está treinado, pode fazer todos os dias. E o ideal é intercalar os tipos de aula. Um dia um HIIT, outro um treino de montanha”, sugere o profissional.

É interessante também conciliar as aulas de bike com outras atividades, como musculação ou treinamento funcional. Na bicicleta, o foco são os membros inferiores. Os demais treinos complementam o trabalho para o restante do corpo.

Lembre-se de levar uma garrafinha de água e se hidratar durante as aulas de spinning

Lembre-se de levar uma garrafinha de água e se hidratar durante as aulas de spinning

Foto: Divulgação/Ride State

Tecnologia a seu favor

Cada vez mais as aulas de spinning contam com tecnologia para seduzir os alunos. Desde bicicletas modernas, telões que simulam paisagens até telas com objetivos a serem conquistados já estão no mercado.

Por exemplo, o aluno faz um teste de condicionamento logo no começo da primeira aula. A bicicleta capta frequência cardíaca (se o aluno estiver usando uma faixa com monitor), velocidade e potência. Com isso, é traçado um rápido perfil do aluno e ele vai poder seguir exatamente o esforço que o professor solicitar.

Na sala, telas mostram gráficos que representam cada uma das bikes. Conforme a galera vai pedalando, cada bicicleta muda de cor. “O professor pede que o aluno vá a 80% da frequência, mas ele pode não ter essa percepção sozinho. Com as telas fica muito mais fácil. Basta ele acompanhar a sua bike e pedalar até chegar à cor amarela. Se for 90% da frequência, precisa de esforçar até chegar ao vermelho”, detalha Junior.

“O aluno sabe exatamente em qual zona está trabalhando pelo telão. Dentro do estúdio, cada um trabalha com seu nível de condicionamento, mas todos podem fazer a mesma aula. E cada um pode repetir esse teste para acompanhar a evolução”, completa o profissinal da Ride State.

Recursos também podem seduzir o ciclista da rua para a academia e as aulas de spinning. É possível, por exemplo, simular o circuito que enfrentará em uma prova. “Dá para percorrer x quilômetros em subida, outra parte na reta. E monitar a potência necessária para isso”, diz Junior.



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