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Vamos tricotar? ‘Ajuda a desacelerar a mente quando estou muito ansiosa’

10th fevereiro 2016   ·   0 Comments

Trabalhos manuais, como artesanato, ajudam a controlar ansiedade, dizem estudos; leitora do Delas sabe bem disso

Há tempos que o artesanato vai muito além de ser uma fonte de renda. Quem tricota, por exemplo, costuma se sentir extremamente recompensado – e não estamos falando apenas em recompensa financeira.

Aos 29 anos, Jéssica Scrivano já contabiliza seus lucros com o tricô, que pratica desde os 15 anos. Professora e tradutora de inglês, ela não vende nenhuma peça, mas reconhece os beneficios que alguns estudos confirmam: trabalhos manuais ajudam a controlar ansiedade e proporcionam um bem-estar enorme. ;

Que tal já começar a fazer seu próprio cachecol para o inverno%3F

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Foto: Ed Minuano/Reprodução

Uma pesquisa da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, de 2009, mostra que tricotar reduziu em 74% a intensidade de medos e pensamentos sobre o distúrbio alimentar em mulheres com anorexia.

Dois anos depois, ;o “Journal of Neuropsychiatry & Clinical Neurosciences” divulgou um estudo com idosos. O acompanhamento de mais de mil e trezentas pessoas de 70 a 89 anos mostra que praticar atividades manuais pode reduzir as chances de transtornos cognitivos leves e perda de memória. ;

“Pra mim, o ‘fazer com as mãos’ e o movimento por vezes repetitivo, mas que preciso prestar atenção para não errar, me ajudam a descompilar de um dia difícil e a desacelerar a mente quando estou muito ansiosa”, explica.

De mãe para filha

“Não me lembro exatamente como me interessei, mas sempre gostei muito de artes manuais e minha mãe sempre tricotou coletes pra eu ir à escola no inverno”, lembra Jéssica. “Pra mim, aprender foi um pouco difícil porque sou canhota e minha mãe não conseguia me ensinar ao contrário. Acabei aprendendo a tricotar como uma pessoa destra”, diverte-se.

Terapia

“Hoje em dia, tricoto mais por terapia do que por qualquer outra coisa. Não tenho pressa de ver nenhum trabalho pronto e, na verdade, tenho fases: passo meses sem nem pegar nas agulhas, depois, passo semanas tricotando”, resume.

Ensinando as amigas

Quando falava para as minhas amigas que tricotava, a maioria achava ‘super de velha’, mas eu nem ligava. Aí, alguns anos atrás, alguma cantora assumiu que tricotava por terapia e várias amigas vieram me pedir para ensiná-las”.



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