Google pede desculpas por game que permitia ‘invasão’ de campos de concentração

A desenvolvedora de softwares Niantic Labs, espécie de startup encubada pelo Google, pediu desculpas por um jogo que incluía a possibilidade de invadir e destruir virtualmente cemitérios onde estão vítimas do nazismo, após protestos de coletivos de sobreviventes do Holocausto.

O jogo, denominado Ingress, dá ao usuário a possibilidade de participar de uma guerra virtual, que se desenvolve entre lugares reais. Os participantes devem escolher um local e, a partir dali, começar a batalhar para conquistá-lo ou destrui-lo, por smartphones ou tablets.

O game comercializado pela filial do Google usava pontos históricos “muito sensíveis e dedicados a lembrar suas vítimas”, disse em comunicado a diretora do museu instalado em Dachau, Gabriele Hammermann.

Entre outros lugares, era possível localizar o cemitério onde estão enterradas 7,4 mil vítimas de Dachau e o local onde os nazistas executaram cerca de 4 mil prisioneiros de guerra soviéticos.

O jogo é comercializado tanto em sua versão para smartphone como para tablets e, segundo a nota, tem um milhão de usuários no mundo todo.

A diretora do museu afirmou, além disso, que por parte do Google ou de sua filial não houve sequer um pedido de autorização, além de que o centro não foi informado sobre esses conteúdos.

O Google já tinha retirado do game alguns pontos especialmente sensíveis, como o antigo campo de concentração de Dachau, mas não o cemitério adjacente.