12 atitudes para amenizar o “terrible two”
18th junho 2015 · 0 Comments
Amanda Garcia
Sem plateia e com muito diálogo: veja dicas valiosas para saber como agir com os filhos durante a fase da birra intensa
Desde o nascimento até completar os dois anos de idade, a criança passa pela “fase oral”. É nela que os pequenos são amamentados, têm os primeiros contatos levando tudo à boca e são completamente dependentes dos pais. Quando completa ;dois anos, a criança começa ;a desenvolver firmeza, dá ;os primeiros passos e passa a ter contato pela, primeira vez, com uma autonomia, que era até então desconhecida.
“Com dois anos, ela começa a experimentar uma liberdade maior. Começa a dar voos mais altos e é quando o adulto passa a estabelecer limites que antes não eram necessários”, avalia a psicóloga Daniella de Faria. Os pais precisam dizer os primeiros “nãos” e a resposta para isso é, em muitos casos, a birra.
“Esse comportamento é um sinal de que a criança resiste, não gosta, e a gente precisa entender que isso faz parte tanto do crescimento quanto da formação”, completa Daniella.
Terrible two
A crise dos dois anos é conhecida internacionalmente como Terrible Two, uma nomenclatura em inglês que significa os terríveis dois anos, em tradução livre. A fase não ocorre necessariamente aos exatos dois anos de idade, mas existem estudos que comprovam o maior índice de crianças rebeldes nessa fase da vida.
“É como o despertar da personalidade”, descreve a psicóloga Zora Viana. Por isso, comportamentos mais agressivos, intolerância aos limites impostos pelos pais, birras e raiva por não conseguir expressar totalmente os sentimentos e, principalmente, por se sentir incompreendida se tornam algumas das principais características no comportamento da criança nesta fase da infância.
“Ela discorda até dela mesma. Se você pergunta o que ela quer comer, naturalmente ela responderá: ‘Macarrão’. Mas, quando você chega com o prato de comida, ela diz: ‘Eu não quero isso!’”, exemplifica a psicóloga Larissa Fonseca.
Mas, o comportamento turbulento típico da fase pode afetar as crianças em níveis diferentes. “Tudo depende de como a criança aprendeu a lidar com suas frustrações, os limites que recebe em casa, a convivência social, dentre outros fatores”, explica Larissa.
Impedir esse tipo de comportamento é praticamente impossível, mas dá para minimizar a frequência e a intensidade dele. “Cabe aos pais terem muita calma, paciência e ensinar que esse comportamento não leva a nada. Em outras palavras: estabelecer limites”, completa a psicóloga.
Veja dicas para lidar com o comportamento dos filhos durante o terrible two:
Descarte palmadas, tapas, puxões de orelha ou qualquer outro comportamento agressivo para tentar conter uma birra
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Já ouviu a expressão “sem plateia não há show”? Funciona bem nesse período. Não dê atenção exagerada para a criança
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Diga aos pequenos que esse comportamento não funciona com vocês, pais, e avise que irão se afastar até que o filho se acalme, para só então voltar a interagir
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Jamais ceda às manipulações como choros, pedidos de ajuda, reclamação de ‘possíveis’ desconfortos e etc. Essa é uma ótima maneira de desencorajá-los e desestimulá-los a repetir esse comportamento
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Sempre converse com seu filho explicando como quer que ele haja e como você se comportará diante das atitudes dele
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Avise-o que você só vai conversar depois que ele se acalmar
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Opte por disciplinar a criança depois que ela parou de fazer a birra. Nesse momento, você pode se abaixar para conversar no mesmo nível da criança
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É sempre muito importante que a criança compreenda o que fez e o porquê da ação dos pais
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Evite dar broncas e repreender seu filho na frente de outras pessoas para que ele não se sinta constrangido – e você também não
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Uma dica bacana para mudar o foco da birra é chamar a atenção da criança para outra situação. Mostre um objeto ou comece a falar de outro assunto para mudar de assunto
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Respire fundo e tente encontrar o motivo da birra. Assim, você pode lidar com ela de modo tranquilo e construtivo
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Por fim, restrinja as opções dos pequenos para que eles se sintam autônomos ao tomarem decisões. Ao oferecer uma fruta, por exemplo, sugira duas ao invés de fazer uma pergunta muito ampla, como ‘qual fruta você quer?’
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